O tocador da flauta, que nas festas D'Apollo. Pithio, solta/os seus accentos; 6.50 Mas os poetas, basta que nos digao. Que atraz, fica dos outros, e lhe tóca O degrau derradeiro nesta escala. 655 O pêjo o vexa, se ultimo se julga; E nao quer com effeito convir nunca, Que ignora, e nao aprende, o que nao sabe. Ricas mercadorias; hum poeta De grandes capitais, quintas, palacios, Se dá fiança ao gabador raffado, Se co a bolsa o tirou de grande aperto; Entao dificil he, que acerte nunca 660 665 Tu seu donaris, seu quid donare voles cui, Nolito ad versus tibi factos ducere plenum Lætitiæ. Clamabit enim, Pulchrè, bene, rectè: Qual he o adulador, qual he o amigo. Se quizereis brindar alguem, sentido! . . Nao deveis lêr lhe entao os vossos versos, Se accaso alvoroçado os dons espera Hade chorár e rir, bater as palmas. Estes sao como aquellas aquem pagao 670 675 Nao vos deicheis lográr, fasendo versos, A malicia temei; que se disfarça A raposa voráz, que a toca esconde: Indagai no louvôr o que he sincéro. Quando alguem a Quintilio consultava 635 Nas obras apontando; lhe disia, Isto, crede-me, exige que s'emende Nao he correcto aqui, mas se a resposta 690 Se trabalhara; ... instava que riscassem, 695 Que de novo os maus versos aleijados Na bigorna com força os martelassem. A seu maligno fado os entregáva Era inutil tomár maior trabalho, 700 Namorados de si achava acerto 705 |