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Que a multidão das dores igualaram, E minha alma sensivel alegraram.

Tu, meu Deos, nada tens que se assemelhe
Aos corruptos juizes cá da terra,
Que formam leis iniquas, trabalhosas,
Em que os justos envolvem,

A innocencia dissolvem;

E se com tempo a revogá-las chegam,
Sempre a reparação ao justo negam.

És tu só meu refugio, Deos piedoso! Tu só minha esperança, meu amparo. Darás á iniquidade o que merece, Como a justiça pede:

A mim, Senhor, concede

O bem de possuir-te eternamente,
O premio que reservas ao innocente.

lorum meorum in corde meo, consolationes tuæ lætificaverunt ani

mam meam.

(20) Nunquid adhæret tibi sedes iniquitatis, qui fingis laborem in præcepto.

(21) Captabunt in animam justi, et sanguinem innocentem condemnabunt.

(22) Et factus est mihi Dominus in refugium, et Deus meus in adjutorium spei meœ.

(23) Et reddet illis iniquilatem ipsorum, et in malitia eorum disperdet eos: disperdet illos Dominus Deus noster.

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Vinde, o Senhor adoremos,

Em coro unidos cantemos;

(3) Quoniam Deus magnus Do- Pois este grande Deos, sublime, immenso, É d'essencia tão pura, tão divina,

minus et rex magnus super omnes Deos.

(4) Quia in manu ejus sunt omnes fines terræ, et altitudines montium ipsius sunt.

(5) Quoniam ipsius est mare, et ipse fecit illud, et siccam manus ejus formaverunt.

(6) Venite, adoremus, et procidamus, el ploremus ante Dominum, qui fecit nos.

(7) Quia ipse est Dominus Deus noster, et nos populus pascuæ ejus, et oves manus ejus.

Que excede quanto finge a idéa humana
Nos outros Deoses com que a si se engana.

Nas suas mãos providentes

Dos montes mais eminentes Repousa a base; vê do mundo os termos, Mede de um golpe a mais ingreme altura; Sonda igualmente os antros mais profundos: São seus todos os ceos, são seus os mundos.

Quanto a Natureza bella,
Quanto a reflexão revela,
E apercebe a razão que nos instrue,
Derivou da Suprema Intelligencia:
Deo fluidez ás aguas, fez os mares,
Formou a terra, o fogo, e os vastos ares.

Vinde, ó povos, que este Deos,
Que é dominador dos Ceos,
Tambem nos deo o sêr; elle renova
Este ser com virtudes excellentes:
Seu amparo submissos imploremos,
Seus altos attributos adoremos.

Com que bondade e ternura Trattou Deos a creatura! Somos o seu rebanho; que amoroso Nos vai levando aos saborosos pastos; Se erramos o caminho e nos argue, De paternaes avisos não se exclúe.

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<< Sempre com elles clemente, Quarenta annos paciente Guiei, acompanhei vossos maiores: Decorreram os dias, sem que os annos Seus indomitos genios abrandassem, Nem que os meus beneficios os mudassem.

« Disse então-Será possivel
Que esta indole terrivel

Resista a tão insolitos favores?

Que percam sempre a estrada que lh' ensino?... Irritado exclamei-Em vão me canço,

Nunca mais entrarão no meu descanco. >>

(3) Hodie si vocem ejus audieritis, nolile obdurare corda vestra.

(9) Sicut in irritatione secundum diem tentationis in deserto: ubi tentaverunt me patres vestri, probaverunt me, et viderunt opera

mea.

(10) Quadraginta annis offensus fui generationi illi, et dixi: semper hi errant corde.

(11) Etisti non cognoverunt vias meas: ut juravi in ira mea, si introibunt in requiem meam.

TOMO VI:

21

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(3) Annunliate inter gentes glo- Annunciai aos mais remotos povos
rium ejus, in omnibus populis mi-
rabilia ejus.

Como da morte as horridas cadeas

(4) Quoniam magnus Dominus, Animoso quebrou; com que prodigios

et laudabilis nimis: terribilis est

super omnes deos.

Seu poder resplandece:

Com que força terrivel,

Com que luz admiravel,

Os numes desvanece,

(5) Quoniam omnes dii gentium Filhos só da illusão e da demencia,

dæmonia: Dominus autem cælos fecit.

Ou demonios! se teem alguma essencia.

O nosso Deos formou os ceos e a terra;

(*) Este e outros psalmos feitos na dedicação do tabernaculo, ou do templo, por David ou Salomão, foram opportunamente repetidos depois do regresso de Babylonia, por occasião de se reedificar o mesmo templo. No liv. 1. dos Paralipomenos, c. 16. se attesta que o presente cantico foi composto por David quando se trasladou a Arca de casa de Obed para o tabernaculo.

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